VAMOS DEVOLVER A LAPA AOS LAPEANOS, AFIRMA FURIATI
O engenheiro agrônomo Paulo Cesar Furiati (PMDB) vai assumir pela terceira vez no início de janeiro de 2017 a prefeitura da Lapa, na região metropolitana de Curitiba. No último dia 02 de outubro, Furiati venceu as eleições com quase 48% dos votos, após uma campanha dura contra outros três candidatos. “Vamos devolver a Lapa aos lapeanos”, avisa.
Após a transição, o prefeito eleito Paulo Furiati adianta que fará o levantamento das questões fundamentais que precisam ser retomadas. “Serviços de saúde e assistência social, a limpeza da cidade, todo o processo de planejamento e investimentos em pavimentação, visando o que se fazer em 2017, ações que são necessárias para a população”, disse.
Nesta entrevista, Furiati afirma saber das dificuldades, principalmente com relação ao limite prudencial com a folha de pagamento, que está extrapolado. Ele também fala do Parque Estadual do Monge onde está a Gruta do Monge em que viveu o monge João Maria D’Agostinis, que “precisa ser democratizado” para ampliar o acesso a população da Lapa.
Quais suas primeiras ações frente à prefeitura da Lapa?
Paulo Cesar Furiati – Na verdade, depois que ocorrer a transição, o que precisaremos e vamos fazer, é o levantamento das questões fundamentais que precisam ser retomadas. Serviços de saúde e assistência social, a limpeza da cidade, todo o processo de planejamento e investimentos em pavimentação, visando o que se fazer em 2017, ações que são necessárias para a população. E naturalmente a retomada da qualidade na área da educação, tanto na questão da merenda escolar que precisa de uma qualificação melhor, como também vamos buscar os recursos para implantar uniforme escolar como instrumento democrático dentro das salas de aulas.
Como enfrentar a crise de poucos recursos que afeta as prefeituras?
Furiati – Realmente o processo de crise é nacional e ocupa quase todas as prefeituras do Brasil. Nós vamos ter que inicialmente concentrar todos os recursos naquilo que o programa estabelecido determinou que é o básico bem feito. Os recursos fundamentais serão aplicados nas ações básicas – saúde, educação, urbanismo, estradas rurais… Naturalmente que depois de feito isto, com o volume de recursos disponíveis para atender estas áreas, nós partiremos para outras com os investimentos necessários que serão feitos.
Como será a relação com o governo do estado?
Furiati – O que tem hoje é que vamos ter que levantar todos os projetos que por ventura estejam abertos junto ao Governo Federal e também procurar apoio do Governo do Estado, já que na nossa aliança, tivemos apoios importantes de grandes lideranças vinculadas ao governador Beto Richa (PSDB). Então, a nossa intenção é estreitar esta relação para ter apoio naquilo que vamos precisar já a partir do mês de janeiro de 2017. Acredito que a relação vai ser muito boa principalmente por que a nossa aliança abrange todos os setores, inclusive aqueles que têm responsabilidade política junto ao Governo do Estado.
Já tem alguma conversação sobre a transição do atual para o próximo governo?
Furiati – Pelas notícias que tive, a prefeita atual deu demonstração que a partir do final de outubro, início de novembro, vai nomear sua equipe de transição, naturalmente vamos nomear a nossa, e isto pelo que li e vi de notícias será uma transição de comum acordo.
Como está sendo a formatação do governo Furiati?
Furiati – Os nomes que estão definidos são apenas dos secretários da Fazenda e de Saúde (Flávio Wolf e Ruy da Farmácia, respectivamente). Os demais estamos estudando alternativas para aproveitar ao máximo os servidores de carreira. Como o índice de gastos com pessoal da prefeitura está muito acima dos 51% determinados, praticamente as nomeações neste primeiro momento dos cargos de confiança ficam muito prejudicados.
Então, o que se está pretendendo a partir de janeiro é montar uma equipe de governo com ampla maioria de funcionários de carreira, deixando espaços de cargos de confiança mais a frente se os índices assim o permitirem e se as condições financeiras também assim o permitirem.
Como será a relação com o legislativo municipal?
Furiati – Bem, dos nove vereadores eleitos, seis são da nossa base de apoio. Isto mostra que temos condições de ter apoio político muito bom na Câmara, sem necessidade de grandes desgastes. Naturalmente que a relação com o legislativo é necessário, é preciso respeito, entendimentos, mas pela formação da futura Câmara Municipal, estou vendo que há boa vontade muito grande, de todos aqueles que são da base parlamentar e quem sabe um ou outro da base de oposição.
Levantamento do Tribunal de Contas indica que a Lapa tem 15 obras para paralisadas. Já tem uma estratégia para retomar estas obras?
Furiati – Veja, tomei conhecimento através do portal do Tribunal de Contas e isto é extremamente preocupante. Naturalmente que neste momento vou aguardar a transição para ver quais são as justificativas e quais são os problemas que a atual administração enfrentou para estas paralisações.
Se for de ordem de falta de repasses de recursos tanto do governo federal como do Estado, com relação aos convênios ou se de algumas incoerências formais na gestão, que impedem a continuidade das obras. Mas é muito cedo para falar por que cada obra terá que ter uma justificativa da atual administração e em cima de cada problema atuar para resolvê-los imediatamente se for o caso.
O Parque do Monge é a principal atração turística da Lapa, mas existe uma reclamação da população local com relação ao acesso. Como o senhor pretende tratar esta questão?
Furiati – O que acontece é que o Parque do Monge, apesar de ser estadual, sempre pertenceu ao povo da Lapa, que o usava de forma direta, principalmente nos finais de semana. Com a revitalização, as informações que temos é que o IAP colocou uma série de empecilhos para o uso mais direto da população. Esta é a questão fundamental, há uma grande reclamação das pessoas que as limitações são tantas que eles ficam sem poder usar o Parque.
Esta é uma questão que me parece fundamental de uma reunião da prefeitura com o IAP para discutirmos aquilo que é excesso de cuidados daquilo que realmente precisa ser feito. Mas que o Parque precisa ser democratizado, disto não tenho nenhuma dúvida.
O que o cidadão lapeano pode esperar da gestão Furiati?
Furiati – Esta eleição colocou sobre as minhas costas uma responsabilidade enorme. A população da Lapa, a maioria dos eleitores que me elegeu, tem na sua pretensão uma solução definitiva de diversos problemas, na área da saúde, na ação social, do amparo às pessoas mais necessitadas, do trabalho de urbanismo que deixa a cidade mais afável, mais limpa e naturalmente também a necessidade de investimentos tanto na infraestrutura como também em trazer novos empreendimentos que gerem empregos.
Tenho absoluta convicção da grande responsabilidade, mas estou com muita calma, com muito cuidado para que possamos começar do básico para o mais importante que são as infraestruturas e os grandes projetos. Mas, podem ter certeza e quero deixar claro ao nosso povo da Lapa, que vou me dedicar todo dia, todo o tempo possível para dar o melhor de mim, para que possamos reorganizar e reconquistar a nossa cidade. Vamos devolver a Lapa aos lapeanos.