SITUAÇÃO DE CAMINHONEIROS É PRECÁRIA NO PORTO DE PARANAGUÁ, DIZ REQUIÃO FILHO

Acompanhando diligência organizada pela Coordenação da Frente Parlamentar de Transportes Rodoviários de Cargas, da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, o deputado Estadual Requião Filho ficou impressionado com o descaso do porto, em relação aos caminhoneiros que chegam para descarregar a produção. A visita começou pelo pátio de triagem do Porto, área que deveria oferecer estrutura adequada aos motoristas enquanto aguardam para descarregar. Mas não foi o que os deputados membros da comissão encontraram.
“A infraestrutura nos terminais de carga e descarga está um caos. Não oferece qualquer segurança aos motoristas, nem aos produtos transportados, muitas vezes saqueados sem qualquer intervenção“, afirmou. Requião Filho chamou atenção ainda para o descaso com os trabalhadores portuários locais, com seus empregos ameaçados pelIMG_1142a privatização dos terminais.
“Pelo visto, a solução está longe de ser alcançada. Nem por isso vamos desistir. No próximo dia 31 faremos uma Audiência Pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Curitiba, para reunir todos os interessados e debater maneiras de resolver esta situação, já que o Governo Beto Richa está apenas preocupado com o próprio bolso e em divulgar na imprensa matérias fantasiosas“.
O drama dos trabalhadores portuários e a “nova” Poligonal
Já não é de hoje que o atual governo estadual tenta alterar a área de abrangência do Porto de Paranaguá para atrair novos investimentos privados. Porém, o setor produtivo do litoral será o principal atingido. Pela nova Lei dos Portos, os terminais privativos estão desobrigados do pagamento de outorgas ao governo federal e também de utilizarem a mão de obra dos estivadores avulsos. Nas últimas semanas, o debate tem se intensificado e os conflitos entre a APPA e os Sindicatos que representam os trabalhadores portuários também.

Durante a visita, uma Liminar da Justiça surpreendeu os deputados. Requião Filho não hesitou em contestar.
“O documento manda o Sintraport esvaziar seu prédio, seu local de trabalho há mais de trinta anos, sob pena de apanhar da polícia. É engraçado, pois a desculpa do porto é de que a “Antac mandou”, sendo que a poligonal ainda não foi instalada e quem decidirá sobre o rumo disto é o Governo Federal. É estranho ver a APPA se antecipando tanto, logo em cima dos nossos sindicatos. Porque não foram em cima das empresas que têm concessão, por que só do sindicato? Ou tira todo mundo, ou não tira ninguém. O porto existe por causa de Paranaguá, seus trabalhadores e moradores devem ser respeitados. É uma questão social“, defendeu.

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