SENADOR ROBERTO REQUIÃO PARTICIPA DE DEBATE NA ALRS, O PAPEL DO ESTADO E O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS
O senador Roberto Requião participou, na noite de quarta-feira (9), da terceira edição do ano do Fórum dos Grandes Debates com o tema “O Papel do Estado e o Desenvolvimento do País”, que é promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS). O encontro também teve como palestrantes o economista Márcio Pochmann e o médico e vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino.
Requião afirmou que três pontos são fundamentais como causa da atual “tragédia nacional”: a precarização do Executivo, submisso ao Banco Central; a precarização do Parlamento, submetido a verbas de campanhas políticas milionárias custeadas pelos grandes empresários, e a precarização do trabalho.
“Neste quesito, com as reformas propostas, retrocedemos 150 anos”, frisou. Para ele, a saída passa por uma grande mobilização nacional, uma frente, uma aliança entre o capital produtivo e as forças do trabalho contra o capital financeiro, “contra o capital vadio, que só especula e não gera um emprego”. Ainda segundo Requião, o trabalhador brasileiro “não aceitará se submeter à nova semiescravidão em construção no país”.
Na sequência, os painelistas expuseram seus pontos de vista em relação ao tema apresentado. Pochmann, Requião e Sorrentino fizeram uma retrospectiva histórica de momentos que moldaram a atual situação do Brasil e apresentaram suas visões de como o Brasil pode sair da situação em que se encontra.
O economista Márcio Pochmann saudou a posição do presidente Edegar Pretto em abrir a Casa legislativa para o debate. Disse que o país vive um período singular, a exemplo de outros momentos da história, como na Abolição da Escravidão e na Revolução de 30. “Ali, por várias circunstâncias, estabelece-se o caos, no sentido do rompimento de questões colocadas como definitivas. Hoje, igualmente não há saída tradicional para o problema que esta gestão de Temer colocou. É preciso que haja a politização da classe trabalhadora. Sem a mobilização da base da pirâmide a transformação será muito difícil”, alertou.
Walter Sorrentino igualmente pregou a necessidade de união de várias forças para “impedir o neocolonialismo. Só uma frente ampla, com representações da maioria dos brasileiros, podemos pensar em aletrar o quadro imposto”. Conforme ele, para que isso aconteça é necessário que todos abram mão de algo em favor do todo, “uma flexibilidade tática”. Citou como exemplo a tendência da esquerda brasileira em ser contrário a tudo que se relaciona ao campo, ao que é produzido, às inovações tecnológicas. “Este e outro temas precisam ser examinados com visão ampla”, apontou. Advertiu quanto à divisão das forças que representam de fato a população. “Devemos nos unir contra os que estão destruindo o Estado brasileiro”.
Com informações da Agência de Notícias da ALRS