Requião propõe a antecipação das eleições dos diretórios municipais do PMDB
“A orientação do PMDB é proibir que o partido se ligue ao governo do Estado. O governo do Paraná é um caso de polícia hoje. Nós não podemos ter o líder do governo filiado ao PMDB. Temos que nos separar definitivamente desta gente”, disse o senador Roberto Requião (PMDB/PR) em Fernandes Pinheiro na sexta-feira (10). Requião propôs a antecipação das eleições dos diretórios municipais e o impedimento de delegados ou membros do partido de participarem da gestão de Beto Richa.
No terceiro Encontro Regional e da Reunião da Executiva Estadual ampliada do partido, o senador fez críticas ao governador Beto Richa e disse que ele tem evitado aparições públicas temendo a reação popular. “Com medo do povo, com vergonha do seu governo e com uma rejeição de 80%”, disse Requião, destacando que nem mesmo para abrir a ExpoLondrina, tradicional exposição agropecuária e industrial de Londrina, Richa esteve presente.
Requião lembrou que durante a última campanha fez vários alertas de como seria a gestão de Richa. No entanto, ele contou com uma coligação de 17 partidos que garantiu o maior programa no horário eleitoral no rádio e na TV e ainda teve o apoio da imprensa. O senador lembrou que hoje Richa está todos os dias no noticiário envolvido em escândalos ou problemas administrativos.
“Mas o governador de ontem é o mesmo de hoje. Se ele era o mesmo, se ele fazia as mesmas coisas, por que ontem era bom para a Rede Globo e para a Gazeta do Povo e hoje não é mais? Que espécie de conflitos de interesses se instalou? De qualquer forma nós temos a certeza pessoal que não é o desejo da moralidade e decência do governo”, afirmou.
Requião também lembrou que na crise econômica de 2008/2009, quando era o governador do Paraná, reduziu o imposto de 95 mil itens de bens de consumo para evitar o aumento do custo de vida. “Este mês tudo volta a ser taxado pesadamente para cobrir os furos do primo que ele diz que não é primo. Um escândalo atrás do outro e ainda dizem que o melhor está por vir. O melhor era ver essa gente toda na cadeia”.
“Mas nós temos um país para construir. E esta construção tem que começar nas bases das organizações políticas. Ela tem que começar nos municípios. O PMDB tem que ter candidato em todos os municípios. Chapa completa. E quando fizermos uma coligação, tem que ser em cima de princípios políticos e não de acordos de quadrilhas”, disse.