REQUIÃO FILHO É DESTAQUE NO DEBATE DA BAND COM PARTICIPAÇÃO OBJETIVA E SEGURA
O primeiro debate eleitoral entre os candidatos a prefeito de Curitiba, que aconteceu na noite desta segunda-feira (22), na Band Curitiba, teve como destaque a participação do candidato da coligação “Curitiba Justa e Sustentável” do PMDB-Rede, Requião Filho, que respondeu com objetividade e clareza e fez perguntas pertinentes aos adversários.
Ele também demonstrou sensibilidade social com os problemas da cidade: “Curitiba precisa ser a cidade que protege o homem, cuida das mães e abre caminho para nossas crianças”, declarou ao final do debate. Veja como foi a participação do candidato da “Curitiba Justa e Sustentável” no debate:
Na sua primeira participação Requião Filho respondeu ao candidato do governador Beto Richa (PSDB), o ex-prefeito Rafael Greca (PMN), sobre o problema dos moradores de rua de Curitiba e como trataria a questão. “O que fazer? ”, disse ele.
MORADORES DE RUA
Requião Filho explicou que esse é um problema que aflige o centro de Curitiba e de certa forma os bairros da cidade, que têm, segundo a prefeitura, perto de 2 mil moradores de rua, mas que segundo as igrejas que atuam nisso são 5 mil pessoas.
“Há em Curitiba em relação a essas pessoas uma falta de humanidade. Não são um problema. São pessoas que passam fome e passam frio. São Pessoas que não escolheram estar na rua. Estão lá por algum infortúnio na vida”, respondeu.
Requião Filho continuou dizendo que nós temos que dar condições de dignidade para essas pessoas e citou o Papa Francisco que disse que não se pode pedir dignidade a uma pessoa se ela fome.
“Primeiro precisamos dar abrigo, não albergues. Um lugar a que ela pertença e que ela possa ir e vir e saber que dormirá na mesma cama. Temos as igrejas para trabalhar com isso, não uma, mas todas. Todos cuidam e têm carinho por essas pessoas”, disse.
Requião Filho continuou. “Podemos sim, acolher essas pessoas. Dar-lhes dignidade, dar condições para serem reinseridos no mercado de trabalho. Nada mais justo para o ser humano que ele possa ter comida, um lugar para dormir e uma chance para garantir o seu sustento, com seu trabalho e seu suor”.
Ele criticou a FAS (Fundação de Ação Social de Curitiba), que tenta fazer este trabalho, mas não dá conta por que as pessoas ficam durante o dia no entorno esperando que possam garantir vaga à noite para dormir.
“Não é assim que devemos tratar essas pessoas. Eles têm que ter a garantia de que terão o direito de ir e vir e terão sempre um bom lugar para serem acolhidos, com comida, com lugar para banho, além de cursos e incentivos para que possam se recolocar no mercado de trabalho”. Na tréplica não disse que não basta focar só no problema das drogas em ter uma ação integrada e multidisciplinar para o problema.
SEGURANÇA
Depois Requião Filho perguntou ao candidato do PT Tadeu Veneri sobre Segurança Pública e o papel do estado nessa questão. Foi na réplica que Requião Filho demonstrou todo o seu preparo.
“Segurança também passa pela educação das nossas crianças e pela oportunidade de emprego aos pais de família. Difícil deve ser após cinco dias sem ter o que dar de comer aos seus filhos e não cair na violência, não ter uma perspectiva de futuro”, afirmou.
Requião Filho disse que a insegurança se combate com prevenção e investimento em tecnologia. “A Guarda Municipal, as polícias Civil e Militar devem trabalhar integradas. Inclusive com as empresas de segurança privada numa rede mais inteligente usando câmeras e todos os recursos para melhorar a segurança”, disse.
SAÚDE
No segundo bloco, a candidata Maria Victoria questionou Requião Filho sobre saúde e o candidato respondeu que Curitiba já possui uma equipe de médicos e enfermeiros que precisam de condições decentes de trabalho.
“Temos que garantir que a população seja bem atendida. Muitas pessoas acordam de madrugada para pegar senhas e garantir o atendimento ao seu filho. Entretanto, não dá para construir nada novo sem colocar para funcionar o que já existe”, disse.
Requião Filho afirmou que a saúde pode muito mais. “Temos um histórico de inovar e é disso que estamos falando. Novas soluções para velhos problemas. A criação de aplicativos e outras formas de facilitar e desburocratizar isto”, afirmou.
Na sequência, Requião Filho questionou Greca sobre a cultura e lançou um desafio, sugerindo municipalizar o Teatro Guaíra, abandonado pelo governo do Estado, e retomar projetos, como o Fera, para democratizar os espaços públicos para atender aos artistas locais. “Queremos a cultura nas ruas, nas escolas e nos espaços públicos”.
EDUCAÇÃO E PROFESSORES
No terceiro bloco do debate, Requião Filho respondeu ao candidato Ney Leprevost (PSD) sobre a defesa dos interesses dos professores estaduais diante do governo Beto Richa, no caso Rafael Greca. “Como é que o senhor vê o fato de estarmos aqui com um candidato que está na mesma linha de um governador que agrediu os professores”, questionou leprevost.
“A defesa dos professores do estado era obrigação de todos os deputados. E o massacre promovido por um governo como o Beto Richa é lamentável. Mas o massacre do governo à educação não terminou aí, continuou no escândalo da Operação Quadro Negro. Escolas que foram pagas e que não saíram do papel. Mais de 30 escolas. E as investigações estão aí bem próximas às pessoas ligadas ao Palácio Iguaçu.
O candidato do PMDB continuou. “A defesa dos professores é uma coisa que está dentro de mim. Fui criado para defender aqueles professores. E por isso me estranha que o nosso amigo Rafael, que ficou na frente dos portões naquele 30 de agosto, aceitar hoje o apoio do governador Beto Richa”, criticou.
Requião Filho também rebateu a agressão feita por Greca ao PMDB. “Disse que não se sentia bem no meu partido por causa do Eduardo Cunha no mesmo partido. Eu tenho a teimosia de querer mudar, de mudar o PMDB de dentro para fora, ao invés de sair do partido. Quero limpá-lo e lugar de corrupto é na cadeia. Deve ficar desconfortável tendo o seu vice indicado pelo Beto Richa. ”
“Nós temos a sensibilidade de tratar os nossos professores, nossos alunos e a educação com carinho. As escolas precisam ser levantadas e não só pagas. Não dá para brincar com esse dinheiro, com o dinheiro da educação, do nosso povo. A educação precisa ser respeitada”, disse Requião Filho.
“Educação é o cerne da questão quando falamos em cidadania. Temos que criar um melhor cidadão, mais próximo da realidade. Crianças com arte, cultura, esporte e desenvolvimento. A educação será com certeza bem tratada num governo do PMDB em Curitiba como foi quando o PMDB foi governo do estado”, declarou.
POLÍTICA FISCAL E EMPREGO
Na sua segundo pergunta, ainda no terceiro bloco do debate, Requião Filho questionou o prefeito Gustavo Fruet (PDT) sobre o pacto federativo e a crise e perguntou sobre qual sua proposta para geração de empregos em Curitiba. Depois da resposta ele rebateu o prefeito.
“A questão do incentivo fiscal só não basta. Aqui em Curitiba nós deveríamos zerar o ISS para as pequenas e microempresas. Aqui deveríamos tirar o fiscal da porta dessas empresas e deixar que elas cresçam e gerem empregos. Temos que incentivar as microempresas individuais (MEI) e diminuir a burocracia para abrir essas empresas.
Requião filho também propôs uma nova política tributária mais agressiva e uma reforma tributária municipal. “Na crise não adianta aumentar impostos e sim diminuir impostos para aumentar a arrecadação. Também devemos rever todos os impostos. Inclusive o IPTU”, concluiu.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Requião Filho foi crítico com relação ao debate e disse que houve poucas propostas e debates sobre as questões de Curitiba. “Faltaram propostas sérias e factíveis aqui para Curitiba por parte dos candidatos”, comentou.
O candidato do PMDB expôs ao final qual a sua postura e compromisso com a cidade que pretende ser prefeito. “Curitiba precisa ser a cidade que protege o homem, a cidade que cuida das mães, a cidade que abre caminho para nossas crianças”.
E continuou. “Essa Curitiba que deixa saudades, que fazia ações nos bairros e que eu aprendi a amar e senti orgulho”, disse. Para encerrar suas considerações finais no debate ele disse que é preciso colocar a máquina da prefeitura para funcionar. “Quero que essa Curitiba seja a Curitiba dos meus filhos”, declarou.