– Precisamos entender que o problema básico, o cerne da crise que enfrentamos, deve-se ao domínio do capital sobre a política. O capital financeiro, esse capital vadio, sem pátria, sem bandeira, sem qualquer compromisso com a nacionalidade e com o nosso povo, esse capital que nada produz, conspira hoje para precarizar o Estado, o Parlamento e o trabalho. Está aí a origem da crise”, afirmou o senador Roberto Requião.
Segundo o senador, a ideia do Estado de Bem-estar Social, que ganha força depois da Segunda Guerra Mundial, sofre hoje impiedoso ataque do capital financeiro, que busca a destruição das instituições e poderes nacionais para submeter as nações ao seu domínio.
Requião citou a chamada “Agenda Brasil”, em curso no Senado, como reflexo dessa conspiração.
– Primeiro foi a aprovação do projeto do PSDB de entrega do petróleo do pré-sal. E já estão na pauta a entrega do Banco Central para o mercado financeiro; a Lei das Estatais, preparando-as para a privatização; a regulamentação da terceirização do trabalho; os ataques À CLT e à Previdência Social. Diante disso, o PMDB precisa reagir, apresentando um programa para o Brasil”, conclamou Requião.
O senador disse que o “Brasil é um país maravilhoso, plural, mas sempre foi um país para os outros e não para o seu povo”. Segundo ele, o povo brasileiro nunca comandou o seu próprio destino e sempre foi governado para uma elite anti-nacional, anti-democrática e anti-popular.
Requião propôs ainda diretórios do Sul o apoio à recondução do vice-presidente da República Michel Temer à presidência nacional do PMDB. No entanto, o senador reivindicou a construção de uma Comissão Executiva que não seja dominada pelos caciques do Senado e da Câmara Federal.
A seguir, vídeos da reunião do PMDB em Porto Alegre e a íntegra da Carta do Sul.