Pedágio sangrou a economia do Paraná e propina manteve tarifas abusivas, diz João Arruda
A prisão do ex-governador Beto Richa é mais um fato que comprova o quanto o pedágio tem sido nocivo aos paranaenses, além de manter as tarifas abusivas mediante o pagamento de propinas aos agentes políticos. A avaliação é do deputado federal e presidente estadual do MDB, João Arruda, que comentou os últimos acontecimentos, em postagens no Twitter. As informações são de Ronildo Pimentel no CabezaNews.
“O momento é triste para o nosso estado, mas a prisão do ex-governador Beto Richa no desdobramento da Operação Lava Jato nesta sexta-feira reforça o quanto o pedágio sangrou a economia do Paraná e além disso distribuiu propinas para manter as tarifas abusivas e escorchantes”, disse João Arruda.
O presidente do MDB do Paraná, recordou a luta da gestão emedebista, que tentou de todas as formas dar um freio na sanha arrecadadora das concessionárias. Em todas, acabou vencido pela Justiça.
“O governo do MDB, entre 2003 e 2010, moveu inúmeras ações contra os reajustes do pedágio, sempre liberados através de demanda judicial”, recordou João Arruda. Que ressaltou: “Fomos atacados duramente pelos políticos parceiros das concessionárias e espero agora que se faça justiça”.
Em 2021, termina o contrato de concessão do Anel de Integração rodoviária do Paraná. “Em 2022, os paranaenses estarão livres desse descalabro nas praças de pedágio no Estado, mas outros estados ainda são reféns de contratos antigos fraudulentos e ausência adequada na fiscalização”, afirmou o presidente do MDB.
As pedageiras já tentaram, com apoio do ex-governador Beto Richa, prorrogar o prazo, mas foram impedidas por uma emenda apresentada pelo deputado federal Sérgio Souza, do MDB, que proíbe esta prática no país.
“Lutei em Brasília contra as prorrogações das concessões em todo o Brasil. Aprovamos o fim da das prorrogações dos contratos estabelecidos na década de 90 e já foi um avanço, mas não adianta só proibir aqui! Quanto mais concorrência, mais transparência e melhor o serviço”, analisou.
João Arruda conclui a série de posts abordando a questão das privatizações, tem amplamente projetado pelo governo Jair Bolsonaro. “Hoje a moda é defender a privatização de tudo. A operação integrada da Lava Jato mostra que este modelo, que não é novo porque já foi explorado na década de 90, foi ruim e deu margem para corrupção”.