EXECUTIVA SE DIZ CONTRA PROJETO “ESCOLA SEM PARTIDO” E DOCUMENTO “UMA PONTE PARA O FUTURO”

A reunião da Executiva Estadual realizada nesta segunda-feira (16), na sede histórica, em Curitiba, também tomou posição sobre dois temas polêmicos que têm mobilizado a atenção do partido e da sociedade nos últimos dias. Tratam-se do projeto de lei “Escola Sem partido”, que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná e do documento “Uma Ponte para o Futuro” da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), que propõe uma “solução” para a crise econômica e política do país.

 

CONTRA O DOCUMENTO “UMA PONTE PARA O FUTURO”

“O documento da Fundação Ulisses Guimarães é um retrocesso e renega todo o passado histórico do PMDB de um partido nacionalista e de caráter popular. Com esse “Uma Ponte para o Futuro” na verdade estaremos retroagindo para um passado sem direitos sociais, sem políticas progressistas e para o entreguismo anti-Brasil”, criticou o senador Roberto Requião, presidente do Diretório Estadual do PMDB-PR.

 

O senador foi duro nas críticas. “Querem revogar as conquistas da Constituição de 1988 e entregar o Brasil aos bancos, ao mercado e ao domínio dos rentistas. É uma proposta para a banca, para dizer que o PMDB será, numa hipotética situação de fim do governo Dilma, o partido contra as conquistas sociais e contra o povo”, disse. “O Dr. Ulysses deve estar horrorizado com tanto atraso”, ironizou Requião.

 

CONTRA O “ESCOLA SEM PARTIDO”

A Executiva estadual também “fechou questão”, por unanimidade, contra o projeto de lei do deputado Gilson de Souza (PSC) e de outros 18 parlamentares que pretende instituir, no âmbito do sistema estadual de ensino, a proposta da “Escola Sem Partido”. Assim, a decisão será encaminhada para a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa para que os deputados do partido se posicionem.

 

“É uma tentativa da direita de querer cercear o direito de opinião dos professores e de tentar controlar o que acontece nas escolas de uma forma autoritária, instituindo a censura e o fim da liberdade de expressão e da democracia escolar”, criticou o deputado federal João Arruda, secretário-geral do PMDB-PR. “O PMDB do Paraná é contra esse projeto e a bancada deverá se posicionar assim também depois de discutir o tema, conforme a nossa indicação”, explicou Arruda. “O projeto é uma afronta à Constituição. É obscurantista e retrógrado.”