DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Comemorado anualmente em 25 de novembro, a data tem o objetivo de alertar a sociedade sobre os casos de violência e maus tratos contra as mulheres. A violência física, psicológica e o assédio sexual são alguns exemplos.
De acordo com as estatísticas, uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica.A violência contra a mulher é uma questão social e de saúde pública, não distingue cor, classe econômica ou raça, está presente em todo o mundo.
ORIGEM DA DATA
A Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1999, reconhece o dia 25 de novembro como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
A data surgiu em decorrência do Dia Latino Americano de Não Violência Contra a Mulher, que surgiu durante o Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, comemorado em 25 de novembro, em homenagem às irmãs Pátria, Maria Tereza e Minerva Maribal, que foram violentamente torturadas e assassinadas nesta mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.
As irmãs eram conhecidas por “Las Mariposas” e lutavam por soluções para os diversos problemas sociais de seu país, a República Dominicana.
MAPA DA VIOLÊNCIA
Segundo o Mapa da Violência 2015, estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), com o apoio da ONU Mulheres e da Organização Pan-americana de Saúde, o Brasil assume a 5ª posição no ranking de feminicídio, com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres. 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos assassinos eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas, com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde.
O estudo diz ainda que houve um aumento de 54% em dez anos no número de assassinatos de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.
Acesse o Mapa da Violência aqui
DADOS SOBRE ASSASSINATO DE MULHERES NO BRASIL
A fonte básica para a análise dos assassinatos no Brasil, em todos os Mapas da Violência até hoje elaborados, é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS).
Estatísticas internacionais – De acordo com os dados da OMS, o Brasil tem taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres, em 2013, o que coloca o país na 5ª posição internacional, entre 83 países do mundo.
Cor das vítimas – As taxas das mulheres e meninas negras vítimas de assassinatos cresce de 22,9% em 2003 para 66,7% em 2013. Houve, nessa década, um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade brancas e negras, expresso em percentual.
Idade das vítimas – Baixa ou nula incidência até os 10 anos de idade, crescimento íngreme até os 18/19 anos, e a partir dessa idade, tendência de lento declínio até a velhice. O platô que se estrutura no assassinato de mulheres, na faixa de 18 a 30 anos de idade, obedece à maior domesticidade da violência contra a mulher.
CAMPANHA VALENTE NÃO É VIOLENTO
“O Valente não é Violento” é uma iniciativa dentro da campanha UNA-SE Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que conta com o envolvimento de todas as agências da ONU e é coordenada pela ONU Mulheres.
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