ENERGIA ELÉTRICA PODE FICAR MAIS CARA POR FALHAS DE GESTÃO, ALERTA REQUIÃO FILHO

ENERGIA ELÉTRICA PODE FICAR MAIS CARA POR FALHAS DE GESTÃO, ALERTA REQUIÃO FILHO – ### –

 

Copel leva multa por atraso em construção de hidrelétrica e é obrigada a comprar energia de terceiros para cumprir contrato

 

Mais uma demonstração de que investir em parcerias e consórcios nem sempre é a solução. O fato se confirmou novamente esta semana, no Paraná. Por atrasos na construção das obras na Usina Hidrelétrica de Colíder, em Mato Grosso, a Copel – por não ser majoritária no projeto, pode ser penalizada por culpa de outra empresa que compõe o consórcio; a Engevix, que está envolvida na Operação Lava Jato e com sérias dificuldades financeiras.

 

A unidade em construção, com potência de 300MW, já deveria estar funcionando desde 2015, quando a Copel pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prorrogação de 644 dias, prometendo entregar a usina em 2017. Mas o consórcio não conseguiu correr atrás do prejuízo e está em vias de sofrer um forte estrago financeiro. A dívida chega a R$ 720 milhões e, a qualquer momento, será cobrada pela Aneel.

 

O valor corresponde à fatura que a Copel estaria assumindo pelo atraso, que já chega próximo a três anos, conforme a cláusula contratual que a obriga comprar energia de outros fornecedores, e entregar às distribuidoras, a geração prometida pela Colíder no projeto original. O cálculo leva em conta o valor máximo da venda de energia nesse mercado, de R$ 388,48 o megawatt hora, preço que segue inalterado desde o início do ano e assim deve permanecer.

 

Para Requião Filho, isto significa a falta de equilíbrio na maneira de administrar as ações da Copel. “Na busca incessante por mais lucro, eles se deixaram levar por investimentos fáceis a qualquer termo, abrindo mão de serem os majoritários no projeto. Agora estão à mercê dos outros e com resultados econômicos desastrosos. Eis o revés que se apresenta agora, com um prejuízo que, fatalmente, sobrará para o consumidor paranaense e em atrasos nos programas de políticas públicas. A conta está ficando cada vez mais alta! Uma herança impagável para os sucessores e uma nova penalidade para a Copel que, com isso, ficará prejudicada de participar de novos certames”.