Justiça nega pedido de reconsideração à retomada de posse do PMDB
A juíza Lydia Aparecida Martins Sornas, não acatou o pedido de reconsideração da liminar favorável a reintegração de posse da sede do PMDB, concedida pelo juiz José Eduardo Mello Leitão Salmon, ao secretário geral do partido, ex-governador Orlando Pessuti, no início da semana. O pedido de reconsideração foi feito em nome do candidato a deputado federal, Rodrigo Rocha Loures.
A disputa jurídica começou o senador e candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião acompanhado de membros e militantes do partido, invadiu a sede do PMDB, localizada na avenida Vicente Machado, 988, na sexta-feira (15), com a finalidade de realizar uma reunião para destituir o presidente estadual do PMDB, deputado Osmar Serraglio, o secretário geral, ex-governador Orlando Pessuti e outros membros. Na oportunidade o partido estava fechado, em luto pela morte de Eduardo Campos.
Após o cumprimento da liminar de reintegração de posse, onde o Juiz Eduardo Mello também entendeu que não havia provas de que a comissão executiva tivesse sido de fato dissolvida, Rocha Loures entrou com pedido de reconsideração à decisão da liminar, que foi negada pela Juíza Lydia Aparecida, no final da tarde desta quarta-feira (20).
De acordo com o presidente Osmar Serraglio, a decisão da juíza confirmou a ausência de previsão legal do ato. Foi uma decisão justa que respeitou o estatuto do partido. As divergências políticas têm que ser superadas politicamente e não na base da violência e da truculência”, declarou Serraglio.
Para o secretário geral do PMDB no Paraná, ex-governador Orlando Pessuti, “se alguém tem divergências com o comando do partido, deveria acionar o conselho de ética e disciplina, que é o fórum correto para avaliar os casos de infidelidade partidária”, disse Pessuti ao considerar que a sede do partido foi violada. “Em 48 anos de história, o PMDB nunca foi invadido. Nem durante a ditadura”.