Obras inacabadas, nomeações e contratos suspeitos. Cadê o dinheiro?

 

Escola em Campina Grande do SulJaime Sunye denunciou a suspeita de fraude na Diretoria de Engenharia, comandada por Maurício Jandoi Fanini, amigo pessoal do governador. Segundo Sunye, fiscais apresentavam informações falsas sobre o andamento de obras para aumentar o volume de recursos repassados à empresa Valor Construtora e Serviços Ambientais.

 

A construtora recebeu os pagamentos, mas as obras não saíram do chão. Escolas em Campina Grande do Sul (fotos 1 e 2) com obras que não chegam a 20% e já receberam quase que a totalidade dos investimentos, e o Parque do Monge (foto 3), na Lapa, são exemplos.

 

Este último, aparentemente abandonado, recebeu mais de um milhão de reais em recursos para reparos (em pleno ano eleitoral), embora o cenário atual não pareça ter recebido qualquer benefício deste montante. Além do mais, o local foi recém anunciado como possível parque a ser privatizado no Estado.  “No governo Richa é assim, primeiro demite o funcionário que denuncia a corrupção, depois o denunciado. Talvez porque Fanini seja um amigo antigo e que trabalha há anos para o governador Beto Richa”, criticou o deputado Requião Filho (PMDB).

Parque do Monge, Lapa

Em seu discurso, o parlamentar voltou a trazer dados referentes às estranhas nomeações do governador publicadas pelo Diário Oficial nos últimos anos. Mas foi sem sucesso! O requerimento feito pela oposição para trazer o delator foi rejeitado por 25 votos contra 14.

 

 

 

 

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ambulanciasAmbulâncias 

Além disso, a polêmica em torno da entrega das ambulâncias aos deputados do “camburão”, movimentou a mídia e os discursos dos deputados. O deputado Requião Filho protocolou um pedido de providências ao Ministério Público Estadual para averiguar a distribuição delas e se foram direcionadas aos deputados do “camburão”.

 

Na tarde de ontem, circulou entre os parlamentares o que seria uma lista contendo os nomes de 33 deputados que receberam três ambulâncias cada um para distribuir a municípios que compõe suas bases eleitorais. Segundo o deputado, há indícios de que a entrega do “prêmio” seja o pagamento pelos votos recebidos durante as votações aos projetos encaminhados pelo Executivo. Tudo porque durante a sessão de ontem (30), o líder do governo Luiz Claudio Romanelli afirmou: “Vocês escolheram um lado e agora arquem com o ônus de ser oposição. Nesta Casa, quem tem capacidade de transformar políticas públicas é quem tem condições de dialogar com o governo”.

Para o deputado Requião Filho, o governo deixou claro que só serão beneficiados os deputados que votarem com ele, aqueles que garantem a famigerada governabilidade. “Não deixa de ser uma espécie de mensalinho que precisa ser investigado”, denuncia o deputado.

Na tribuna, ele deu continuidade à discussão, foi criticado pela base do governo por mencionar a votação que culminou no massacre dos professores, em 29 de abril, como moeda de troca às ambulâncias, e foi apoiado por vários deputados. A polêmica gerou grande polêmica.

 

 

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